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Desfibrilhadores: formação obrigatória para carta de condução, estudantes e vários profissionais


A proposta de formação obrigatória para novos condutores, alunos do secundário e vários grupos profissionais em suporte básico de vida (SBV) e desfibrilhação automática externa (DAE), decorrente das recomendações de Grupo de Trabalho para a Requalificação do Programa Nacional de Desfibrilhação Automática esteve em discussão pública até dia 26 de agosto.

Nos termos do Relatório Final para a Requalificação do Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa, é recomendada a formação obrigatória em SBV e DAE para quem vai tirar a carta de condução, alunos do ensino secundário e dos cursos de Ciências da Saúde e do Desporto, bem como para vários grupos profissionais, além dos profissionais de saúde.

Além disso, locais com muito movimento de pessoas, como centros comerciais, hotéis, aviões, escolas e ginásios, passem a ter um reforço de dispositivos.

São consideradas prioridades para a formação de operacionais em DAE:

profissionais de saúde;

outros grupos profissionais:
- os tripulantes de ambulâncias (incluindo de transporte não urgente e de empresas privadas, em ambulância ou viatura dedicada ao transporte de doentes);
- os nadadores-salvadores do Instituto de Socorros a Náufragos;
- os agentes da GNR integrados no GIPS;
- os novos elementos incorporados nas forças de segurança, nomeadamente na PSP, Polícia Municipal, GNR e Polícia Marítima;
- os novos vigilantes de empresas de segurança ou no momento de renovação de credenciais;
- os novos oficiais da marinha mercante, com repercussão na navegação marítima em geral e nos navios de navegação fluvial a operar em Portugal;
- os tripulantes de cabine de aeronaves comerciais com base em Portugal

alguns grupos da população em geral:
- os candidatos à obtenção de carta de condução (das diferentes categorias) e de licença marítima turística;
- os alunos no ensino secundário, concretizando-se o currículo oficial em vigor para o treino de Suporte Básico de Vida (SBV) e acrescido de treino em competências de DAE;
- os alunos do ensino superior das Ciências da Saúde e do Desporto.

O relatório aconselha também um reforço de dispositivos em locais onde passam em média mil pessoas por dia, como centros comerciais, unidades hoteleiras, monumentos, áreas de diversão, embarcações turísticas e de transporte público, aeronaves da aviação comercial, comboios de longo curso, estabelecimentos de ensino, ginásios e complexos desportivos e unidades de saúde.

Conforme se lê no documento, estão atualmente reunidas as condições de segurança para que, em situações particulares, o manuseio do DAE possa ser feita por cidadãos não treinados, sempre que possível por indicação telefónica dada pelo médico do centro de orientação de doentes urgentes (CODU) ou estruturas equivalentes nas Regiões Autónomas, em tempo útil e em benefício da vítima.

Por isso, é recomendado que o currículo oficial em vigor para o treino de SBV, acrescido de treino em competências de DAE funcione como base da nova formação obrigatória.

O grupo de trabalho propõe ainda um Plano Nacional de Combate à Morte Súbita Cardíaca e o desenvolvimento de uma campanha nacional de sensibilização.

 

Referências
Relatório do Grupo de Trabalho para a Requalificação do Programa Nacional de Desfibrilhação Automática, de 20.07.2018

 

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30.08.2018