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Fundação Millennium bcp apoia o restauro do Altar de Santo António no Convento da Madre de Deus - Museu Nacional do Azulejo

03/07/2013

Em Portugal, o Convento da Madre de Deus, fundado em 1509 por iniciativa da Rainha D. Leonor (1458-1525), é um dos mais antigos cenóbios de Clarissas “reformadas”. Tendo sido sempre objeto de mecenato régio, a ele ficaram associadas não apenas reis e rainhas portugueses, como figuras maiores da Corte e do meio artístico e intelectual, desde o século XVI até ao século XVIII.

Dos espaços do antigo convento, e para além da magnífica igreja, um dos lugares de maior importância é a Capela de Santo António. O seu nome advém do ciclo pictórico alusivo aos milagres do santo padroeiro de Lisboa, da autoria de André Gonçalves (1685-1754), e do altar em talha dourada com inclusão da imagem do santo. Em direta associação simbólica, como exemplos de virtude e de abnegação, os azulejos azuis e brancos remetem para passos da vida dos santos eremitas, tendo sido encomendados no reinado de D. João V (r.1706-1750), época de que data igualmente o revestimento do soalho com madeiras provenientes do Brasil e a feitura daquele que é um dos mais belos presépios portugueses.

É neste espaço de fusão artística e religiosa, de unidade temática e visual entre as diferentes artes, que o altar de Santo António surge como um dos elementos arquitetónicos e escultóricos de maior expressividade, para sempre associado ao “Barroco joanino”, momento áureo em Portugal da “arte da persuasão”.

Atualmente, a igreja da Madre de Deus é parte integrante do Museu Nacional do Azulejo, importante guardador de memórias da cultura portuguesa. Neste templo, a talha e os azulejos constituem um dos melhores exemplos do Barroco em Portugal.

A Fundação Millennium bcp, inserida no contexto das políticas de solidariedade social e de mecenato cultural institucional do Millennium bcp, assume-se como agente de criação de valor na sociedade, nas diversas áreas da sua intervenção. Neste sentido, tem procurado, ao longo do tempo, concentrar os seus recursos no apoio a instituições de referência e a projetos que apresentem orientação para o acréscimo de eficácia a longo prazo. A recuperação de património insere-se nesta estratégia e foi, desde o início da constituição da Fundação, em 1991, uma das áreas que mereceu maior destaque nas suas atividades por contribuir, de forma decisiva, para a promoção do país internacionalmente e para a educação das gerações vindouras.

É dentro deste espírito de preservação e de conservação da História que a intervenção no Altar de Santo António se insere, visando devolver a este legado artístico e cultural único, situado num dos museus nacionais mais visitados e de maior representatividade, a dignidade de que é merecedor.

Fim de comunicado
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